Acidentes no trânsito estão entre as maiores causas de indenização em seguros de vida

Todos os anos, a campanha “Maio Amarelo” destaca a importância de fomentar um trânsito mais seguro. Ainda assim, os acidentes provocados pelos veículos continuam sendo uma das principais causas de mortes e de invalidez no Brasil, especialmente entre os homens. Dados da seguradora Prudential do Brasil, por exemplo, mostram que os acidentes de carro, envolvendo segurados de ambos os sexos, representam a segunda maior causa de pagamento de benefício, perdendo apenas para o câncer.

Já os números da Organização Mundial de Saúde (OMS) reforçam a importância de se pensar com mais atenção ao assunto: todos os anos são contabilizadas mais de 1,25 milhão de mortes causadas acidentes de trânsito. Entre os sobreviventes, de 20 a 50 milhões enfrentam ferimentos não fatais, mas muitos deles convivem com algum grau de invalidez.

As consequências de um acidente no trânsito transbordam a questão da saúde. Os impactos também podem ser significativos na vida financeira, tanto do acidentado quanto da família. “Um acidente desses pode representar, por exemplo, o comprometimento da fonte de renda do indivíduo ou da família”, alerta Beatriz Catizane, analista patrimonial do escritório de investimentos Vanguarda Capital.

Esse é um risco ao qual todos estão expostos, sendo necessário, portanto, contemplar estratégias para seu gerenciamento no planejamento financeiro. O seguro de vida apresenta ótima relação entre custo e benefício nesse papel, podendo ser estruturado para indenizar os herdeiros no caso da morte do segurado, ou para indenizar o próprio segurado em caso de invalidez ou doenças graves, o que reforça sua importância para solteiros e para aqueles que não tem filhos: “Não adianta ter um trabalho e uma carteira de investimentos estruturada a longo prazo se em uma eventualidade precisar queimar o patrimônio em meio a uma emergência”, afirma.

Trânsito consciente

A postura consciente no trânsito é fundamental para garantir a própria segurança e também a dos demais. Esse assunto é de grande importância para a OMS, que publicou em fevereiro um artigo com dados atualizados sobre o tema. Confira, a seguir, algumas dicas importantes para manter um trânsito mais seguro:

Velocidade: esse é sempre mencionado como item fundamental na prevenção de acidentes graves. Segundo a Organização, o risco de um pedestre adulto morrer é inferior a 20% quando atingido por um veículo a 50 km/h. A porcentagem sobe gradativamente, atingindo risco próximo a 60% com a velocidade de 80 km/h.

Álcool: de acordo com o artigo, o risco de acidente se inicia com baixos níveis de concentração de álcool no sangue e sobem significativamente quando a concentração de álcool no sangue supera o limite de 0,4 grama por litro. No Brasil, a Lei Seca estipula tolerância zero para a presença de álcool no sangue.

Itens de segurança: quem dirige carro ou moto não pode deixar de prestar atenção aos itens de segurança. Segundo a OMS, os capacetes para os motociclistas podem reduzir o risco de morte em cerca de 40% e o risco de lesões graves em mais de 70%. Nos carros, o cinto de segurança reduz o risco de acidente fatal entre 40% a 50% para os passageiros nos bancos da frente e de 25% a 75% para os passageiros nos bancos de trás.

Celular: a segurança nas ruas ganhou um inimigo de peso nos últimos anos: motoristas desatentos pelo uso de celular enquanto dirigem. A Organização alerta que essa prática aumenta as chances de acidente em aproximadamente quatro vezes. As consequências do celular ao volante são: menor tempo de reação, especialmente para a frenagem, e dificuldades para permanecer na faixa correta e a uma distância segura dos outros veículos. Mesmo os celulares que não demandam o manuseio com as mãos enquanto dirige, tendo os comandos por voz, apresentam risco semelhante.

Atendimento rápido: os primeiros socorros são essenciais para a saúde das pessoas envolvidas em acidentes de trânsito, uma vez que a gravidade dos ferimentos costuma ser extremamente sensível ao tempo de socorro. Minutos a mais para um atendimento podem fazer a diferença entre a vida e a morte.

Milhares de indenizações por ano

No Brasil é obrigatória a contratação do seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre, conhecido como o DPVAT. Trata-se de um seguro que paga indenizações de até R$ 13.500 nos casos de morte e/ou invalidez e de até R$ 2.700 em reembolso de despesas médicas e hospitalares, desde que os eventos sejam decorrentes de acidentes de trânsito. Esses valores podem ser considerados insuficientes para reparar os danos financeiros, mas os números do DPVAT traçam um importante panorama do tamanho desse mercado no Brasil: no primeiro trimestre deste ano, a seguradora Líder-DPVAT pagou 9.196 indenizações por morte e outras 62.781 indenizações por invalidez permanente. Considerando todos os casos, os homens representam 75% das indenizações.

Caso a pessoa acidentada seja a única fonte geradora de renda da família, os impactos podem ser sentidos também pela família, pois a capacidade de manter o padrão de vida pode ficar seriamente comprometida. Somam-se a isso os custos adicionais nos casos de invalidez, já que em muitas situações é necessário adaptar a casa com diversos itens de acessibilidade.

O seguro de vida individual a ser contratado depende das necessidades de cada indivíduo/família. Para a analista patrimonial da Vanguarda Capital, é importante entender a estrutura de renda e os gastos do próprio segurado e de sua família para definir as coberturas necessárias e o capital segurado que garanta a tranquilidade financeira desejada.

fonte: infomoney

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